O Movi (Movimiento dos Viñateros Independientes do Chile) reúne 33 produtores, que têm em comum a filosofia de produzir vinhos da forma mais tradicional possível, com interferências mínimas. Alguns deles são orgânicos e biodinâmicos e as produções são, em geral, pequenas.
Para esses produtores, “O Novo Chile” envolve desde mudanças na forma de vinificar variedades que sempre representaram o país, até o resgate de uvas como Carignan, País e Cinsault, passando ainda pela busca por novos terroirs. Tudo isso para obter vinhos frescos, autênticos e elegantes.
A cada dois anos, alguns desses produtores visitam o Brasil para promover seus vinhos. Já participei de alguns desses eventos, sempre com boas descobertas. A edição deste ano foi virtual e recebi em casa as garrafinhas com os 11 vinhos que faziam parte do flight “Os Clássicos Reinterpretados”. Veja alguns dos meus favoritos:
• Rukumila Mezcla 2013 – de produção orgânica, combina Cabernet Sauvignon (30%), Syrah (36%), Malbec (17%) e Cabernet Franc (15%).
• Nerikhue Quiebra Blend 2017 – do vale de Colchagua, mescla Cabernet Sauvignon (33%), Malbec (33%) e Petit Verdot (17%). Indicado para carnes e legumes na grelha.
• Acróbata Numero 4 – uma combinação de duas safras (2015 e 2016), este corte de Cabernet Sauvignon (60%), Carménère (30%) e Syrah (10%) me surpreendeu pela suculência e frescor.
• Vultur Gryphus Red Wine 2017 – também do vale de Colchagua, é um corte de Carménère (50%), Petit Verdot (30%) e Petite Syrah (20%), de produção limitada.
• Laura Hertwig Edición de Familia 2017 – veja abaixo
Vinhos Novo Chile
Por coincidência, alguns dias antes desta degustação, participei de um zoom organizado pela importadora Novo Chile, que tem em seu portfólio oito vinícolas com o perfil abordado acima: pequenos produtores artesanais, alguns deles localizados em regiões extremas, como a Patagônia chilena.
A importadora foi criada em 2016 pelo produtor David Giacomini, gaúcho que vive no Chile há mais de 40 anos, para exportar para o Brasil os seus próprios vinhos, produzidos em Casablanca em sua vinícola, La Recolta.
Provei o Trapi Hand Made 2017, um Pinot Noir delicioso produzido na Patagônia chilena. No momento está em falta na importadora, mas deve chegar em breve. R$ 210
O Laura Hartwig Edición de Familia 2017, produzido no vale de Colchagua, é um corte de Cabernet Sauvignon (44%), Malbec (38%), Petit Verdot (12%) e Cabernet Franc (6%). Este vinho, que também fez parte dos “clássicos reinterpretados”, é estruturado, com bom frescor, ideal para acompanhar uma bela carne. R$243
Os vinhos da Novo Chile podem ser encontrados na DaGirafa.
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