Em março deste ano viajei para Düsseldorf, Alemanha, para a ProWein (veja no post ProWein 2018), a maior e mais importante feira de vinhos do mundo. Antes dela, visitei Pfalz e Mosel, duas regiões produtoras de vinhos de diferentes estilos.
Não foi minha primeira vez no Mosel. Em 2013, passei alguns dias por lá com meu marido explorando a beleza dessa região, que é um desafio para os produtores (a terceira foto deste post, com os vinhedos do Clemens Busch, dá uma boa ideia). Na ocasião, visitamos dois excelentes produtores: Granz-Fassian (Decanter) e Selbach-Oster (Mistral). Desta vez, estivemos no Markus Molitor, um dos melhores produtores alemães, e numa pequena vinícola familiar, A. J. Adam. Estes dois não estão disponíveis no Brasil, mas se você encontrar em viagens pode comprar, pois são excelentes.
Conhecemos o produtor Clemens Busch, dessa mesma região, na feira de biodinâmicos, em Düsseldorf, um dia antes do início da ProWein. Ele é uma figura e seus vinhos, 99% de Riesling, são encantadores (e muito bem pontuados, para quem se liga nessas questões). Chegam aqui seis rótulos, todos excelentes. Abaixo, os meus favoritos:
- Clemens Busch VDP. Gutswein Riesling Trocken 2016 – é o vinho de entrada da vinícola. Com notas cítricas, como casca de laranja, é delicioso. R$ 209,21
- Clemens Busch VDP. Ortswein Riesling Nonnengarten 2016 – R$ 387,72 – super elegante, suculento e mineral.
- Clemens Busch VDP. Grosse Lage Marienburg Kabinett Riesling GG 2016 – um vinho puro, saboroso, com uma leve doçura, equilibrada pelo frescor, elaborado com uvas de um vinhedo grand cru (GG). R$ 536,66
Na região de Pfalz, visitamos a Koehler-Ruprecht, que pertence à família americana Sauvage, proprietária da neozelandesa Burn Cottage, onde também já estive e contei no post Homens da Terra. A vinícola fica em Kallstadt, uma cidadezinha charmosa, com ótimos restaurantes. Quem nos recebeu foi o simpático Dominik Sona, diretor da vinícola, mostrando os vinhedos, a adega e os vinhos. Dentre os que chegam aqui, recomendo os seguintes:
- Koehler-Ruprecht Riesling Kabinett Trocken 2016 – agradável e fresco – R$ 180,78
- Koehler-Ruprecht Kallstadter Saumagen Riesling Kabinett Trocken 2016 – R$ 286,52 – com notas cítricas, é mais complexo e mineral.
- Koehler-Ruprecht Spätburgunder Kabinett Trocken 2015 – um Pinot surpreendente pela elegância. R$ 220,58
Amo os vinhos alemães, produzidos principalmente com a Riesling, uma das minhas uvas brancas favoritas. Da região do Mosel provêm alguns dos melhores Rieslings do mundo (a Alsácia, na França, é igualmente famosa pelo Riesling). São vinhos caros, mas valem muito a pena.
Em geral, não são muito alcoólicos. Alguns deles têm um certo grau de doçura, não sendo necessariamente classificados como doces. Uma característica marcante em todos eles é a alta acidez, mesmo no caso dos doces, o que os torna frescos, longevos e muito gastronômicos. Caso tenha as letras GG (Grosses Gewächs) no rótulo, significa que as uvas são de vinhedos grands crus.
Os vinhos Koehler-Ruprecht e Clemens Busch são importados pela Premium Wines.
Fotos: vinho Clemens Busch, o produtor e seus vinhedos; equipe da Koehler-Ruprecht (Dominik Sona, à direita); cidade de Kallstadt e um dos meus vinhos favoritos desse produtor (as duas últimas fotos são minhas; as demais, dos produtores).
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