É a segunda vez que participo de uma degustação de vinhos de Beaujolais, a convite do francês Raphaël Allemand, que faz um grande trabalho de divulgação dessa região no Brasil. O francês Anthony Collet, da Inter Beaujolais, fez uma palestra super interessante e provamos alguns vinhos de estilos bem diferentes. Entre eles, havia um branco de Chardonnay, uva que representa apenas 2% da produção. A Gamay, portanto, reina absoluta e produz vinhos dos mais variados estilos, desde o festivo “Beaujolais Nouveau”, vinho jovem para consumo rápido, lançado mundialmente todos os anos na terceira quinta-feira de novembro, até os Crus de Beaujolais (que são 10), mais complexos e de guarda. Se quiser ler mais a respeito de Beaujolais e seus Crus, veja o excelente post do colunista Gerson Lopes.
A Gamay é cultivada também no vale do Loire (França), na Suíça, no Canadá, na Austrália, na Nova Zelândia, na Califórnia (EUA) e até no Brasil. Recentemente a Miolo lançou o Gamay 2017, um vinho bem gostoso para o dia a dia.
Os vinhos de Beaujolais têm sido uma alternativa para os que gostam de Borgonha, cada vez mais raros (por conta dos problemas climáticos) e caros. Versáteis, são ótimos para acompanhar os mais diferentes pratos. Vão muito bem com aves, pratos das cozinhas italiana, asiática e indiana, além de embutidos, uma das mais conhecidas combinações.
A seguir, quatro vinhos de preços mais acessíveis (!) que estão entre os meus favoritos dessa região:
- Beaujolais Villages Cottin Frères 2013 – Obra Prima – R$ 94 – já mostra uma evolução na cor e nos aromas. Gostoso e suculento na boca.
- Aviron Beaujolais Villages 2015 – Premium Wines – R$ 113 – delícia de vinho, com acidez agradável, que dá água na boca. Frutado e fácil de gostar.
- Domaine des Nugues Fleurie 2012 – Taste Vin – R$ 119 – Fleurie é um dos Crus de Beaujolais. Bem equilibrado, com taninos presentes e boa acidez, além do preço atraente.
- Beaujolais Le Ronsay 2014 – PNR Vinhos – R$ 135 – aromático, com notas florais e frutadas. Na boca, apresenta frescor e fruta. Deixe o vinho respirar um pouco antes de servir.
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