Que o vinho é a melhor bebida para acompanhar uma refeição, não tenho dúvida. Mas ninguém quer sair com aquela sensação de cansaço, provocada pelo álcool em excesso, depois de ingerir uma ou duas taças durante a refeição.
Já há algum tempo, tenho notado que os enólogos tendem a produzir vinhos menos alcóolicos, em busca de frescor e elegância. Para isso, é necessário um trabalho rigoroso nos vinhedos para acompanhar o ponto de maturação da uva (uvas muito maduras geram vinhos mais alcoólicos).
Altos teores alcoólicos, como 14% ou até 15%, não são defeitos do vinho. Na verdade, existe uma questão de estilo e, às vezes, de falta de opção. Vinhos produzidos em regiões mais quentes (ou em anos quentes) tendem a ser mais alcoólicos e nem por isso deixam de ser excelentes.
No início do ano, li uma matéria na revista inglesa Decanter que falava sobre este assunto, pegando carona no “Dry January” (janeiro seco, em português), o que significa “janeiro sem álcool”, campanha adotada no Reino Unido com algum sucesso e, como era de se esperar, rejeitada na França.
Por conta disso, muitos produtores começaram a produzir “vinho” sem álcool, de acordo com o artigo escrito por Peter Richards, a exemplo do que acontece com a indústria da cerveja. “Como um crescente número de pessoas quer beber ‘menos e melhor’, o universo das bebidas low-and-no-alcohol está expandindo e melhorando rapidamente”, foi a frase de abertura da matéria, que você pode ler na íntegra: Rising trend: Low alcohol and alcohol free wine.
Alguns vinhos, como os das frias regiões da Alemanha, têm teor alcoólico bem baixo, como o que abre este post. Para manter o saudável e prazeroso hábito de tomar uma taça de vinho nas refeições diariamente, é melhor buscar os menos alcoólicos.
Na sua próxima compra, recomendo que preste atenção no rótulo. Saúde!
Deixe um comentário