Gabriela Mascioli é conhecida no meio gastronômico paulistano por ter sido proprietária da Mille Foglie, livraria que ficava no bairro paulistano dos Jardins e tinha uma primorosa seleção de livros importados, verdadeiro paraíso para quem, como eu, trabalha na área de gastronomia e vinhos ou para os que amam esse assunto. Passei um tempão sem ter contato com ela e eis que a reencontro como produtora de vinho.
Em 2015, Gabriela e o marido, Alberto, compraram a Herdade de Coelheiros – vinícola de renome que fica no Alentejo – e decidiram trocar a agitada Nova York, onde vivem há sete anos, pelas paisagens dessa bela região de Portugal.
Auxiliados pelo enólogo Luís Patrão (ex-Herdade do Esporão) começaram a remodelar o estilo da vinícola, reduzindo a produção e apostando nas uvas locais. Os três estiveram em São Paulo para falar do projeto e mostrar alguns vinhos. “Hoje, uma parte significativa dos vinhedos é de cultivo orgânico e a ideia é ter tudo convertido até 2020”, comentou o enólogo, que revelou também que “os vinhos futuros devem ter menos álcool, mais elegância e mais frescor”.
Os brancos que provamos já têm as mãos de Luís Patrão. Nos tintos, ele fez apenas alguns blends. Meus vinhos favoritos do painel foram:
- Tapada de Coelheiros Branco 2016 (US$ 99.50) – elaborado com Arinto e Roupeiro, suculento e delicioso
- Coelheiros Tinto 2015 (US$ 45) – uma combinação de Aragonês com Alicante Bouschet, tem taninos marcantes, elegância e bom frescor. Ótimo para acompanhar refeições.
Foram servidos ainda o Coelheiros Branco 2016 (US$ 45), produzido com Arinto, o Coelheiros Chardonnay 2016 (US$ 119.50), que não vai mais ser produzido, o Tapada de Coelheiros Tinto 2013 (US$ 99.50) e o Coelheiros Vinha do Taco 2010 (US$ 119.50), dois tintos para quem gosta de vinhos maduros e encorpados. Os dois últimos tintos Os vinhos da Herdade de Coelheiros são importados pela Mistral.
Foto: Rogerio Voltan
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