Mesa Completa - Por Solange Souza

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    ExperiênciasVinhos e etc • 26 de maio de 2021

    Grandes Portugueses

    Na segunda edição da Confraria Adolar Hermann, da importadora Decanter, uma belíssima seleção de vinhos de Portugal

    Mais uma vez, foi uma delícia participar da Confraria Adolar Hermann, proprietário da Decanter, criada para mostrar aos profissionais do vinho algumas joias do portfólio da importadora. O tema foi Grandes Portugueses, com uma seleção sensacional, que compartilho com vocês. Recebi em casa as garrafinhas, com todas as informações sobre cada vinho.

    Anselmo Mendes Alvarinho Parcela Única 2018 – fresco e com boa estrutura, é suculento e convidativo (foi meu favorito entre os brancos). Prove com frutos do mar, como lagosta e cavaquinha, com bacalhau, ou sozinho. R$ 563,70

    Os Alvarinhos são produzidos na região dos Vinhos Verdes, em Portugal, na divisa com a Espanha, e o produtor Anselmo Mendes é famoso por seu estilo de vinificação em madeira, com vinhos complexos e longevos. Seu primeiro vinho e o mais famoso é o Muros de Melgaço.

    Quinta dos Roques Encruzado 2019 – produzido no Dão, tem aromas de pera, além de toques florais e cítricos. Com bom corpo, remete a fruta branca madura no paladar, combinada com as notas da madeira. Fará um bom par com massas com molhos à base de queijos e bacalhau com molhos cremosos. R$ 254,20

    A Encruzado é a uma branca autóctone do Dão (a região do queijo Serra da Estrela), queridinha pelos profissionais do vinho, por combinar estrutura e frescor, entre outros atributos. Se você não conhece, precisa provar!Quinta da Gaivosa 2017 – este corte de Touriga Franca, Tinto Cão, Touriga Nacional e outras (de vinhas com mais de 80 anos) é elaborado no Douro. Apesar de ter um teor alcoólico alto (14,5 %), é equilibrado pelo frescor. Um vinho suculento, que pede comida como leitão assado ou carnes grelhadas. R$ 265,40

    O produtor Domingos Alves de Sousa, da Quinta da Gaivosa, é um dos grandes nomes da viticultura portuguesa. A safra 2017, que acaba de chegar ao Brasil, foi considerada muito boa (este vinho só é elaborado em anos excepcionais).

    J de José de Sousa 2015 – este vinho alentejano de produção limitada combina 63% Grand Noir, 27% Touriga Francesa e 10% Touriga Nacional. Austero, mostrando fruta madura e bom frescor, vai ficar excelente com pratos de sabor intenso, como a rabada. R$ 477,50

    A José de Sousa, do Alentejo, foi adquirida em 1986 pela José Maria da Fonseca, famosa pelos Moscatéis de Setúbal. Além de usar uma uva pouca conhecida (a Grand Noir) em sua produção, o J de José de Sousa é fermentado em lagares e em ânforas (ou talhas, como são chamadas em Portugal).

    José Maria da Fonseca Alambre 20 Anos – um vinho que me deixa feliz, esta seria a descrição adequada para este Moscatel de Setúbal. Os aromas de frutas secas, mel e casca de laranja são encantadores e quando você dá um gole, o vinho permanece durante um longo tempo na boca. Untuoso, com grande equilíbrio entre a doçura e o frescor, ele é a própria sobremesa, além de combinar com tortas de frutas secas e queijos curados. R$ 461,60

    José Maria da Fonseca, em atividade desde 1834, é outro grande nome da viticultura de Portugal e hoje o grupo reúne seis quintas. O Alambre 20 Anos é um blend de 19 safras, entre as quais a de 1911.

    O encontro aconteceu pelo zoom, organizado pela CH2A Comunicação (Alessandra Casolato), com comentários do sommelier da Decanter, Tiago Locatelli, vários amigos jornalistas e sommeliers, além do Adolar Hermann, claro.  


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