Quando não está nos vinhedos e na adega da Casa da Passarella, vinícola que fica na bela região da Serra da Estrela, no Dão, o enólogo português Paulo Nunes percorre o mundo para mostrar seus vinhos. Japão, Estados Unidos e Brasil estão entre os vários países que ele visita. No Brasil, ele já conquistou uma legião de fãs e eu faço parte deste grupo. Visitei a vinícola em 2017 e fiquei encantada com a região e com o trabalho dele. E não é a primeira vez que falo dos seus vinhos aqui. Podem conferir nos posts Vinhos do Dão e Casa da Passarella.
Os vinhos do Dão não são tão conhecidos como os do Alentejo e do Douro, embora isso já esteja começando a mudar. A principal variedade branca é a Encruzado (uma das minhas favoritas), considerada a melhor uva branca de Portugal. Os vinhos produzidos com ela são frescos, minerais, elegantes e podem ser guardados por alguns anos, no caso dos mais complexos. A principal uva tinta é a Touriga Nacional. No geral, são vinhos mais frescos e excelentes para acompanhar comida.
Paulo Nunes produz três linhas: Somontes, de entrada, Casa da Passarella, com vinhos de autor, e Villa Oliveira, a ícone da vinícola. Como disse na abertura deste post, mesmo na linha básica você encontra vinhos excelentes, caso do branco Somontes Encruzado 2015 e do tinto Somontes Reserva 2011 (ambos R$ 161,45 a garrafa). Os Colheitas desta linha custam R$ 97,78 a garrafa e incluem um rosé bem interessante.
Os vinhos de entrada da linha Casa da Passarella também valem a pena, em termos de relação entre preço e qualidade, caso do Casa da Passarella A Descoberta Colheita Branco 2016 (R$ 134,17). Entre os tintos da linha ícone, se o bolso permitir, fique com o Villa Oliveira Vinhas das Pedras Altas 2012 (R$ 675,38).
Este premiado enólogo está sempre buscando algo diferente. No ano passado, quando ele esteve no Brasil, mostrou o o Villa Oliveira 1ª Edição (R$ 841,38), um branco excepcional que combina cinco safras, de 2010 a 2015, de Villa Oliveira brancos produzidos principalmente com Encruzado, e o Casa da Passarella O Fugitivo Branco em Curtimenta 2015, que ele descreve como “um branco com alma de tinto”. Desta vez, pude provar a safra 2016 do Curtimenta (R$ 554,86), igualmente delicioso.
A próxima novidade, que deve chegar em breve ao Brasil, é o Fugitivo (sua linha mais criativa) Espumante Bruto Natural, que ele acaba de produzir com a uva tinta Baga. Feito pelo método clássico, o mesmo de Champagne, vem com garrafas numeradas e tem tudo para ser outro sucesso.
Os vinhos da Casa da Passarella são importados pela Premium Wines. Na foto, Orlando Rodrigues, da Premium (à esquerda), com Paulo Nunes, no restaurante Rancho Português, onde foi o encontro com jornalistas e profissionais em São Paulo.
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