Provavelmente você já ouviu falar no “Beaujolais Nouveau”, grande sacada de marketing em que são lançados mundialmente na terceira quinta-feira de novembro vinhos recém-produzidos dessa região, de estilo jovem para consumo rápido. Mas Beaujolais é muito mais do que isso! O colunista Gerson Lopes já falou sobre esse assunto no Mesa Completa, mas volto ao tema depois de ter participado de uma degustação muito interessante, em que conheci vinhos deliciosos que quero compartilhar com vocês.
Bastante consumido nos bistrôs de Paris, esses vinhos podem ser encontrados em diferentes estilos, dos mais simples aos “Crus de Beaujolais”, que têm mais potencial de guarda. Para situar um pouco, a região de Beaujolais fica ao sul da Borgonha, bem perto de Lyon, e produz vinhos com a uva local Gamay. Essa uva é cultivada também em outros países como Suíça (segundo maior produtor, depois da França), Canadá, Austrália, Nova Zelândia e até no Brasil. Os vinhos são frutados, saborosos, mais leves e com boa acidez, ou seja, ótimos para acompanhar comida como aves, embutidos, pratos da cozinha asiática e até carnes, dependendo da estrutura do vinho.
A seguir, meus vinhos favoritos (e com melhor preço), entre os sete que foram degustados:
- Régnié Claire Rivier 2013 (Vino Ideale – R$ 108,84) – esse vinho, que não passa por madeira, é fresco e crocante na boca. Indicado para massas, carnes brancas (aves e vitela) e legumes salteados.
- Saint Amour Domaine de La Pirolette 2013 (Chez France – R$ 109) – macio, frutado, com boa estrutura, é uma delícia de vinho! Os franceses dizem que um vinho assim é um “pinote” – que apresenta as características de um Pinot Noir da Borgonha. E já que os Borgonhas estão super caros…
- Moulin-à-Vent Domaine Les Gryphées 2011 (Franco Suissa – R$ 69,35 – preço na importadora) – costuma-se dizer que Moulin-à-Vent é o “Senhor dos Beaujolais”, pelo fato de serem intensos e mais complexos, como esse, que é suculento na boca.
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