Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, foi um refúgio para mim durante mais de 20 anos. Com o tempo e as mudanças da vida, comecei a ir cada vez menos, mas é sempre um prazer enorme estar lá. A Ilha mudou muito nesses últimos anos, com muita coisa nova para conhecer, entre restaurantes, pequenos cafés e bares.

Na minha visita mais recente, conheci José Aquino e sua pequena produção de chocolate. Em 2006, ele deixou a cidade de São José dos Campos para formar família em Ilhabela (ele vive com a esposa e a filha de 5 anos). Há alguns anos, começou o projeto do chocolate, do grão à barra. Antes de começar a produzir, ele fez três cursos sobre o assunto, um deles com Luisa Abram, que usa cacau da Amazônia.

As cores dos frutos variam do amarelo ao laranja; e às vezes aparece um roxo entre eles

Aquino, como é mais conhecido, tem vários pés de cacau plantados em seu terreno cercado de verde, que vai até as margens de um rio, mas ainda não consegue produzir a partir deles. Para fazer seus chocolates 70 a 80%, ele compra cacau em Caraguatatuba, cidade próxima da Ilha.

Grãos de cacau comprados em Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo

De sua mini fábrica saem chocolates orgânicos e veganos, além de nibs de cacau. Em alguns deles, ele inclui uma pequena porcentagem de grãos de café, o que dá um toque delicioso ao chocolate. Na minha visita, ele estava concluindo uma nutella saudável, pedido de alguns amigos do remo e do stand up, esportes que ele pratica. Não sou fã desse creme de avelã, mas achei a versão dele bem delicada.

Moinho de pedra onde é refinada a pasta de cacau

Provei alguns chocolates, um deles adoçado com açúcar de coco, outro que levava café, além da trufa, e achei tudo bem gostoso. Segundo Aquino, a ideia é ter no futuro uma pequena loja de fábrica. Para conhecer mais, veja o Instagram jose.chocolates

Desejo sucesso a este Willy Wonka de Ilhabela!