Mesa Completa - Por Solange Souza

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    Experiências • 25 de outubro de 2022

    Um brinde com Sake

    Se você se sente intimidado diante de uma indecifrável garrafa de sake, leia este post e tenha mais prazer com esta bebida

    De sabor único, o sake (optei por escrever assim e não saquê) é um fermentado feito apenas com arroz e água, mas existem detalhes preciosos que podem ajudar você na hora de escolher. A convite da especialista Sonia Yamane, participei de um evento onde pude provar diferentes tipos de sake, além de chás deliciosos, uma vez que o local do nosso encontro foi a simpática Mori Chazeria. Este espaço é comandado por Patricia Akemi e já está na minha lista para conhecer melhor.

    Existem sakes cujo álcool é obtido apenas da fermentação do arroz (Junmai) e outros em que o álcool é adicionado de maneira controlada, quando aparece no rótulo ou na descrição a palavra Honjozo. Os sakes crus ou não pasteurizados são chamados Nama e devem permanecer gelados o tempo todo.

    Quando você encontrar os termos Ginjo e Daiginjo (a pronúncia é guinjo e daiguinjo) são sakes que têm aromas e que devem ser servidos frios ou em temperatura ambiente para serem melhores aproveitados. Se aparecer o termo Muroka, significa que o sake não é filtrado. 

    Além do arroz especial (o grau de polimento também determina o tipo de sake), a água é outro fator importante. Provamos alguns sakes de Hiroshima, cuja água, segundo Sonia, é leve, o que resulta em uma bebida delicada.

    A seguir, os sakes que foram servidos com comidinhas, chás e muita água, importante sempre que estamos ingerindo uma bebida alcoólica.

    Azuma com novos rótulos depois de ser adquirida pela Kikkoman

    Provamos quatro sakes da Azuma, que foi adquirida em abril de 2020 pela Kikkoman, tradicional empresa japonesa fabricante de shoyu e outros molhos. Os rótulos mudaram e o nome também. O meu favorito foi o Azuma Nama, um sake não pasteurizado, que começa levemente adocicado na boca e termina seco, que você pode encontrar na Liberdade (procure na geladeira, uma vez que este sake tem de permanecer gelado). Além dos três rótulos da foto, provamos o Azuma Ginjo.

    Sake na caixinha, vendido para bares e restaurantes

    Entre os importados, Sonia serviu um sake em embalagem tetra pak, produto que só é vendido para bares e restaurantes, como o Izakaya Kinboshi, no Paraíso. Produzido por uma empresa de grande porte fundada em 1808, o Koyama Honke Kai é um sake com adição de álcool, bem seco e fácil de agradar.

     Kase no Mori, Junmai de Nama, não pasteurizado, cítrico e frisante; Honshuichi, Muroka Junmai de Hiroshima; Fukucho, Junmai de Hiroshima; Kansaiichi, Honjozo de Hiroshima; e Kurumazaka, Junmai Ginjo de Wakayama

    Os meus favoritos do painel acima foram:

    Tsuka Shuzo Kansaiichi, de Hiroshima, um Honjozo (que tem adição controlada de álcool) de pequena produção. A empresa data de 1848 e hoje é comandada apenas pelo pai e pelo filho. R$ 137,00

    Yoshimura Hideo Shoten Kurumazaka Yamahai Junmai Ginjo, um sake produzido por uma mulher em Wakayama. A empresa foi criada em 1915. R$ 177,00

    Os sakes da foto acima são importados pela Nishiki Sake


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