O que inspirou este post foi um sanduíche, preparado por uma garotinha de 12 anos de idade, filha do proprietário de um charmoso Bed & Breakfast onde ficamos, em Canterbury, na Nova Zelândia. Depois de seis horas de estrada, chegamos cansados e esfomeados. Sahara, era seu nome, nos preparou sanduíches de presunto, com uma leve camada de maionese sobre o pão, cebola roxa, tomates e queijo, que acompanhamos com um Pinot Noir, produzido por Damian, o pai dela. A menina limpou tudo depois e ainda serviu o jantar dela e da irmãzinha! Fiquei encantada com a garota e com aquela acolhida tão especial.
No dia seguinte, participei de um almoço preparado na casa dos proprietários da Bellbird Spring, Guy e Emily Porter, uma vinícola pequena que produz vinhos deliciosos. Eles fizeram tudo e o que e chamou a atenção foram as combinações de ingredientes e a informalidade. A refeição foi ao ar livre e eles serviram dois tipos de carnes, uma terrine de coelho e um rosbife, acompanhados de pão, mostardas, chutneys e várias saladas: lentilhas com cebola roxa e alcaparras (em conserva de sal, que tem não tem aquela acidez toda), temperada com especiarias; cenoura e beterraba temperadas com azeite e um toque de mel; pepino, tomate.
Viajar é sempre enriquecedor e o que eu adoro é descobrir o estilo de vida das pessoas em diferentes países. E o que mais senão a cozinha para refletir isso? Nesse sentido (aliás em todos os sentidos…), esta minha viagem tem sido o máximo. O que tenho percebido é que a cozinha é tão informal quanto o povo. Existe uma grande preocupação com o meio ambiente, muitos ingredientes são orgânicos e todas as refeições são acompanhadas de muitos legumes e verduras. E os vinhos são deliciosos!
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