A ideia partiu de um casal apaixonado por vinhos, Michael Schütte e sua esposa Ana Cristina, que tinha o desafio de montar um portfólio que retratasse a riqueza dos diversos terroirs de excelência. Após uma primeira triagem por meio de muitas leituras e indicações, mais de mil vinhos foram degustados e mais de uma centena de vinícolas visitadas.
Constatando o trabalho nos vinhedos e na vinificação, foram selecionados apenas 13 produtores nessa fase inicial da Vind’Ame. Michael e Ana conheceram pessoalmente os vinhedos, o processo de vinificação e tiveram contato com todos os personagens que estão por trás de cada uma das garrafas que eles importam. Garantem, assim, que os vinhedos são cultivados com extremo cuidado, sem o uso de agrotóxicos, com podas e seleção manual focada na qualidade da fruta. Além disso, o processo de vinificação é natural, sem acréscimo de corretivos químicos ou outras intervenções, tendo como resultado vinhos de caráter, majoritariamente de uvas autóctones, e de altíssima qualidade, com aromas e sabores excepcionais, reconhecidos internacionalmente. São vinhos raros e de preço mais elevado que os chamados vinhos comerciais, pelas dificuldades em toda sua cadeia de produção.
O nome Vind’Ame, expressão francesa que significa vinhos d´alma, reflete a escolha desses vinhos que carregam na alma a história, a memória e o repertório do local de origem. Na primeira fase de operação, a Vind’Ame trouxe vinhos da Alemanha, da Itália e da França.
Na apresentação da vinícola, que aconteceu em agosto, em São Paulo, chamaram a atenção dos jornalistas e profissionais a diversidade e a qualidade dos vinhos alemães, estrelas de primeira grandeza no portfólio da importadora, uma vez que estes vinhos são pouco disponíveis no mercado brasileiro. A protagonista da maioria deles é a fantástica Riesling, que se apresentou em versões muito diversas, de diferentes regiões e estilos, mostrando o enorme potencial que tem essa nobre uva, nos nobres terroirs da Alemanha, desde as conceituadas regiões do Mosel e Rheingau, até regiões menos conhecidas como Württemberg (onde domina a uva tinta Lemberger) e Ortenau, esta última uma ótima surpresa de Baden.
Difícil traduzir em palavras a emoção que os vinhos da Vind’Ame despertam, assim, fica o convite e a indicação para que se conheça melhor esses rótulos tão especiais.
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