Sempre quis conhecer o Vale Loire, mas minhas expectativas foram superadas! Ficamos no Bagatelle, um bed & breakfast muito gostoso onde a proprietária Anne Chandouineau faz toda a diferença. Nosso quarto era espaçoso e de extremo bom gosto, mas ela tem “troglodytes” para quem quiser se aventurar – esses quartos são escavados na rocha e são característicos da região. O máximo da experiência “troglodyte” que eu tive foi um jantar maravilhoso no Le Gueules Noires, com um menu de três tempos excelente e com direito a uma deliciosa sopa de aspargos, que acabam de entrar em sua temporada. Ainda sobre o Bagatelle, além de charmoso e com preço bastante razoável (120 euros a diária), é bem localizado e tem um café da manhã excelente, servido em uma mesa comunitária. Anne capricha em todos os detalhes, da decoração da mesa às preparações, com suco de laranja fresquíssimo, uma boa seleção de pães e de queijos, geleias que ela mesma faz e a garantia das boas conversas com ela e os hóspedes.
Um dos dias, escolhemos fazer um piquenique, porque a gente estava fora do horário dos restaurantes (na França, principalmente nas pequenas cidades, tudo funciona em horário normal, de meio dia às 15h) e compramos terrines super gostosas na Charcuterie Hardouin, uma das tradições de Vouvray, pães (a padaria fica próxima à prefeitura – Mairie), queijos e um tinto do Loire. Foi ótimo!
Visitamos duas vinícolas, o Domaine Huet – produtor biodinâmico top de Vouvray – e o Domaine Vigneau-Chevreau, orgânico. Recomendo os dois, para que se possa ter uma ideia de todas as possibilidades da Chenin Blanc, que gera vinhos muito interessantes: espumantes (pétillant), secos, demi-secs e doces (moelleux).
Visitamos dois castelos, o Château de Villandry e o de Chenonceau. O primeiro é famoso pelos jardins e o segundo é mais original e fica sobre o rio Cher. Um programa incrível para quem quer explorar o interior da França.
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